quarta-feira, janeiro 03, 2007

Divagar

Divagar é vomitar metaforicamente as necessidades ora de um cérebro saturado, ora dum coraçao inchado.
Equaçao diferencial de uma trombose repentina.
Um eco enorme tao pesado que me trespassa e ultrapassa.
Este estar que somos obrigados a aceitar, obrigaçao mascarada de anestesia.
A trovoada só deixa ouvir os surdos já que o sol nao encadeia os cegos.
Divagar é a minha noçao de estática mental, ao sobrepor
múltiplas realidades em mil folhas que saboreio, digiro e evacuo.
Físico aliviado engana o mental, ignorante estagnado.
Dia após dia, ser após ser
permanece nobre, anfetamina do pobre.
Embora fria nao sacia, contudo.
Paralisante, triste vagueio em círculo, entorpece a alma
em flecha pingada de ressaca por conclusao.
Nao é veneno
É pura divagaçao.

4 comentários:

Anónimo disse...

.
Eu que transpiro, respiro
e rodopio.
calculo mental?
soubesse o que ja foi.
oh! rumando galerias de saberes
e sabores. anestesias inebriantes
de te conheceres a ti proprio.
Periferico sombrio, aquele que
procura a luz na mais imensa...
...divagacao.
.

psicotica disse...

Rasgas a vontade com o teu notar e procuras a fonte desse teu grito orfao.. afinal, divagar é apenas dar cor ao que se acumula, disfarçado, em decadencia da mente.

Anónimo disse...

a que cheira o vómito metafórico?
igualmente mal, parece-me :)

Anónimo disse...

a tudo o que dizes