quarta-feira, outubro 05, 2011

Um pequeno pedaço de mim

Se a vida é tão pequena
E se somos o que a vida é.
É sem dúvidas que exclamo
E minhas posses então derramo
Já não aguento estar de pé.

Os padrões foram mudando
Desde que fui ensinado.
O possível era tudo
quase tudo, desde miúdo
Pois então fui enganado!

Afinal eu só cresci
Entre tempos atribulados.
Não me cuidei nem entendi
Que devia fazer por mim
Neste mar de "desenrascados".

Talvez seja tarde demais
Ver as coisas de outro modo.
Pois sou burro bem teimoso
Por outro lado, sou cauteloso
E no "não sei" me acomodo.

Perdi-me algures por aí
e onde não sei dizer.
Não sei que peles vesti,
Nem que demónios acolhi
Só sei que não sei viver.

Que o futuro me esclareça
Pois o presente não o faz.
E quem sabe eu talvez mereça
Felicidade e talvez me esqueça
do passado que está lá atrás.

Estas rimas não me escrevem
Nem nunca me consegui escrever.
A morte é o que todos temem
Pois eu canto, enquanto tremem
Que doer é não viver.

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