penso, analiso, concluo, repenso, analiso metodicamente, volto a concluir, conformo-me, relembro, remoo em vez de analisar, volto a concluir, altero a percepçao desta multipla realidade..
sábado, novembro 30, 2002
quinta-feira, novembro 28, 2002
segunda-feira, novembro 25, 2002
domingo, novembro 24, 2002
sábado, novembro 23, 2002
Folha branca
A angustia de deixar uma folha em branco deixa-me doido.
Quero escrever, e escrever até que mais folhas năo hajam, e ai escreverei nas paredes, nos tectos, nos parapeitos e até na alma.
Quero traçar momentos e miragens, descrever paisagens.
Carimbar sorrisos e olhos ternos, emoçőes tristes que passam na rua.
Quero desenhar esta cidade que me rodeia com brilhos de tudo o que nela sinto, e muito mais.
Deslumbrar além do solo, além dos corpos, contemplar além da alma e além do céu, e escrever..
Escrever até mais năo poder, até que as folhas deixem de ser brancas para conter o tudo.
Que as paredes sejam estranhas pois brancas năo serăo, e todos os tectos e parapeitos.
E quando năo posso ou năo me permito é como que se morresse.
Năo imaginas,
Olhar-te nos olhos e saber, sem conseguir descrever..
Sentir a perfeiçăo pela janela e dizer adeus, esquecendo..
deixando as folhas brancas
folhas brancas, folhas lisas..
como a vida.
Quero escrever, e escrever até que mais folhas năo hajam, e ai escreverei nas paredes, nos tectos, nos parapeitos e até na alma.
Quero traçar momentos e miragens, descrever paisagens.
Carimbar sorrisos e olhos ternos, emoçőes tristes que passam na rua.
Quero desenhar esta cidade que me rodeia com brilhos de tudo o que nela sinto, e muito mais.
Deslumbrar além do solo, além dos corpos, contemplar além da alma e além do céu, e escrever..
Escrever até mais năo poder, até que as folhas deixem de ser brancas para conter o tudo.
Que as paredes sejam estranhas pois brancas năo serăo, e todos os tectos e parapeitos.
E quando năo posso ou năo me permito é como que se morresse.
Năo imaginas,
Olhar-te nos olhos e saber, sem conseguir descrever..
Sentir a perfeiçăo pela janela e dizer adeus, esquecendo..
deixando as folhas brancas
folhas brancas, folhas lisas..
como a vida.
segunda-feira, novembro 18, 2002
quinta-feira, novembro 14, 2002
O mar
Tenho fome
e tenho frio.
Queres que te conte o que o mar sentiu?
Riu-se de mim
mas com inveja,
porque a grandeza que dele provém năo mata a solidăo
e timido sussurrou:
- sabes, ja estou farto de dançar
- quero ser pequeno mas ao menos poder sonhar.
Prolonguei-me estendido nas vastas e solenes danças da maré,
e o mar năo sofre..
mas tambem năo ama.
e tenho frio.
Queres que te conte o que o mar sentiu?
Riu-se de mim
mas com inveja,
porque a grandeza que dele provém năo mata a solidăo
e timido sussurrou:
- sabes, ja estou farto de dançar
- quero ser pequeno mas ao menos poder sonhar.
Prolonguei-me estendido nas vastas e solenes danças da maré,
e o mar năo sofre..
mas tambem năo ama.
quarta-feira, novembro 13, 2002
Confuso
será
será que estou rumando a dois destinos...
a duas fases que me dăo extremos.
serei doido?
o tentar compreender desafia-me
e vence-me em dois segundos.
tento conciliar o pensamento de ambas as pontas
e acabam embrulhados
pensamentos alheios, que năo pertencem, misturados.
ao chegar, descendo as escadas devagar
penso e tento perceber
que talvez as conclusőes n pertençam,
n deviam ser.
e sem que o tempo me perturbe
imovel face a este infinito silęncio
concluo que năo devia escrever,
rimas faceis, linha arcaica
tudo isto nao devia ser.
será que estou rumando a dois destinos...
a duas fases que me dăo extremos.
serei doido?
o tentar compreender desafia-me
e vence-me em dois segundos.
tento conciliar o pensamento de ambas as pontas
e acabam embrulhados
pensamentos alheios, que năo pertencem, misturados.
ao chegar, descendo as escadas devagar
penso e tento perceber
que talvez as conclusőes n pertençam,
n deviam ser.
e sem que o tempo me perturbe
imovel face a este infinito silęncio
concluo que năo devia escrever,
rimas faceis, linha arcaica
tudo isto nao devia ser.
segunda-feira, novembro 11, 2002
Incrível
É incrivel como me voltaste a fazer sonhar..
Como me trouxeste energia a vida.
Sabes, és uma flor que eu colhi e eternizei
porque de alguma forma serás sempre um ponto brilhante no meu céu.
Como me trouxeste energia a vida.
Sabes, és uma flor que eu colhi e eternizei
porque de alguma forma serás sempre um ponto brilhante no meu céu.
domingo, novembro 10, 2002
Paz na solidao
Está um calor abrasador.
A cama coberta de branco ganha vida, assim que Joao
recupera os sentidos..
Desorientado e deslocado, aparenta cansaço.
- Onde estou?
- Porque me doi bem fundo cá dentro? Porque?
Senta-se na sua cama, pensativo.
Em sofrimento..
Afagando as suas feridas chora. E diz ao céu que nunca mais será puro.. Nunca Joăo sentira a sua loucura ao rubro.
- Quero estar só.
- Quero esquecer que o dia ás vezes trás alegria.
- Năo quero sequer acreditar que há pessoas lindas.
Levanta-se e fecha a janela com violencia.
A forma mais simples de se esconder do mundo é cobrir o ambiente de negro, esse vasto véu de solidăo.
Respira ofegante (gemendo a sua dor) á medida que o escuro lhe proporciona aquele prazer temporario, alivio que tras calma.
- Joăo Joăo, nunca aprendes!
- A tua transparencia e pureza só te trás angustia e desilusăo.
- Foge Joăo, foge.. para bem longe, para onde possas voltar a fugir. Porque nunca será diferente.
Monologos atrás de monologos..
Perguntas atrás de perguntas.. sem resposta.
Joăo chora.. e cobre os lençois de abandono. Aninhado, foca o brilho de uma fotografia.
Inesperadamente grita, talvez porque voltou a pensar.
E neste quarto quase vazio, de janela fechada e sonhos enfraquecidos, o fumo de um cigarro é talvez
o que de mais vivo possa ter surgido.
Tremulo, saboreia o cigarro.
Lagrimas escorrem por entre o fumo e arrepiam.. săo metaforas e adjectivos, săo as gotas
de silencio que ecoaram semana fora, vida fora..
- É a indiferença, a falta de emoçăo..
Afirma indignado.
- Sois falso se escondes ou moderas teus sentimentos!
- Quero estar só.
- Sou uma pelicula de ridiculo, fragil e acabado. Choro por dentro pois sou fraco, desvinculado da realidade. Sim,
porque essa para mim já morreu.
O telefone toca e Joăo esconde o pensamento. Arremeça violentamente a origem deste som ensurdecedor contra a parede.
- QUERO ESTAR SÓ!
E chora.. quebra e mete as măos a cabeça.
- Sofro porque quero, e é por năo querer outra coisa..
- Serei janela trancada, janela que dá para o mar.
- Serei brisa matinal, que foge do tempo.
- Tudo para me compensar, para năo mais sofrer por amar.
Joăo acordou a querer morrer e já tăo cedo quer mudar..
Cigarro atras de cigarro, memoria atras de memoria.. passado que năo quer passar.
É cedo, o silencio apodera-se do quarto e o fumo já é imenso..
A cama encontra-se deslocada da sua posiçăo inicial. Fotografias rasgadas cobrem o chăo, brilhante.
Săo memorias que queriam ser esquecidas, irascívelmente destruidas.
Joăo adormece.. e vai murmurando..
- Quero estar só.. para mais năo sofrer.
- Quero estar só..
- Só..
Caindo no sono e na ilusăo (fragil contentamento), mal sabe Joăo que nunca será assim.
A paz emocional é temporaria e cativante e nunca.. nunca será diferente.
Pobre Joăo, só encontra paz na solidăo.
A cama coberta de branco ganha vida, assim que Joao
recupera os sentidos..
Desorientado e deslocado, aparenta cansaço.
- Onde estou?
- Porque me doi bem fundo cá dentro? Porque?
Senta-se na sua cama, pensativo.
Em sofrimento..
Afagando as suas feridas chora. E diz ao céu que nunca mais será puro.. Nunca Joăo sentira a sua loucura ao rubro.
- Quero estar só.
- Quero esquecer que o dia ás vezes trás alegria.
- Năo quero sequer acreditar que há pessoas lindas.
Levanta-se e fecha a janela com violencia.
A forma mais simples de se esconder do mundo é cobrir o ambiente de negro, esse vasto véu de solidăo.
Respira ofegante (gemendo a sua dor) á medida que o escuro lhe proporciona aquele prazer temporario, alivio que tras calma.
- Joăo Joăo, nunca aprendes!
- A tua transparencia e pureza só te trás angustia e desilusăo.
- Foge Joăo, foge.. para bem longe, para onde possas voltar a fugir. Porque nunca será diferente.
Monologos atrás de monologos..
Perguntas atrás de perguntas.. sem resposta.
Joăo chora.. e cobre os lençois de abandono. Aninhado, foca o brilho de uma fotografia.
Inesperadamente grita, talvez porque voltou a pensar.
E neste quarto quase vazio, de janela fechada e sonhos enfraquecidos, o fumo de um cigarro é talvez
o que de mais vivo possa ter surgido.
Tremulo, saboreia o cigarro.
Lagrimas escorrem por entre o fumo e arrepiam.. săo metaforas e adjectivos, săo as gotas
de silencio que ecoaram semana fora, vida fora..
- É a indiferença, a falta de emoçăo..
Afirma indignado.
- Sois falso se escondes ou moderas teus sentimentos!
- Quero estar só.
- Sou uma pelicula de ridiculo, fragil e acabado. Choro por dentro pois sou fraco, desvinculado da realidade. Sim,
porque essa para mim já morreu.
O telefone toca e Joăo esconde o pensamento. Arremeça violentamente a origem deste som ensurdecedor contra a parede.
- QUERO ESTAR SÓ!
E chora.. quebra e mete as măos a cabeça.
- Sofro porque quero, e é por năo querer outra coisa..
- Serei janela trancada, janela que dá para o mar.
- Serei brisa matinal, que foge do tempo.
- Tudo para me compensar, para năo mais sofrer por amar.
Joăo acordou a querer morrer e já tăo cedo quer mudar..
Cigarro atras de cigarro, memoria atras de memoria.. passado que năo quer passar.
É cedo, o silencio apodera-se do quarto e o fumo já é imenso..
A cama encontra-se deslocada da sua posiçăo inicial. Fotografias rasgadas cobrem o chăo, brilhante.
Săo memorias que queriam ser esquecidas, irascívelmente destruidas.
Joăo adormece.. e vai murmurando..
- Quero estar só.. para mais năo sofrer.
- Quero estar só..
- Só..
Caindo no sono e na ilusăo (fragil contentamento), mal sabe Joăo que nunca será assim.
A paz emocional é temporaria e cativante e nunca.. nunca será diferente.
Pobre Joăo, só encontra paz na solidăo.
sábado, novembro 09, 2002
quinta-feira, novembro 07, 2002
quarta-feira, novembro 06, 2002
Vazio
As vezes sinto-me tăo vazio..
Como que uma folha branca e vincada pela evidente passagem de uma borracha desenfreada..
E se ao menos houvesse dor, aquela dor intensa tăo imensa
E ai o branco passasse a preto sujo e feio.
E se ao menos fosse essa folha alvo de enigmáticas gotículas
Disfarçando os vincos com pontos de interrogaçăo
Despertando a alma, impulsionando a roldana que me faz mover.
Se ao menos năo houvesse vazio..
Tudo seria tăo facil, tăo quase pleno.
Como que uma folha branca e vincada pela evidente passagem de uma borracha desenfreada..
E se ao menos houvesse dor, aquela dor intensa tăo imensa
E ai o branco passasse a preto sujo e feio.
E se ao menos fosse essa folha alvo de enigmáticas gotículas
Disfarçando os vincos com pontos de interrogaçăo
Despertando a alma, impulsionando a roldana que me faz mover.
Se ao menos năo houvesse vazio..
Tudo seria tăo facil, tăo quase pleno.
ain't rhymes the words i sell you
ain't feelings the way to grab you?
ain't rhymes so deceptive
automatic layouts of personality disorder
a way to write down yourself twice
dream of yourself twice as nice
and will i be able to touch you
hidden infinite place,
where i send my words
and tear down my feelings;
where i scream my life waiting for meanings,
..where i dream my self?
Adeus.
ain't feelings the way to grab you?
ain't rhymes so deceptive
automatic layouts of personality disorder
a way to write down yourself twice
dream of yourself twice as nice
and will i be able to touch you
hidden infinite place,
where i send my words
and tear down my feelings;
where i scream my life waiting for meanings,
..where i dream my self?
Adeus.
terça-feira, novembro 05, 2002
Tornar-me-ei falso muito cedo
Porque me mato..?
Nunca irei lançar e explodir as palavras que me explicam,
Aquelas que me convertem no eu mais simples e eterno..
aquelas que eu sou.
A conclusao pensada já me deixou desiludido
Opto pelo suicidio mental e deixo para trás a compreensăo.
E caso envergasse nessa fragil procura de rumo
Nessa metodologia que eu năo assumo..
morreria de certo, esgotado de alma.
Duplamente condenado,
Serei eternamente infeliz.
Porque me mato..?
Nunca irei lançar e explodir as palavras que me explicam,
Aquelas que me convertem no eu mais simples e eterno..
aquelas que eu sou.
A conclusao pensada já me deixou desiludido
Opto pelo suicidio mental e deixo para trás a compreensăo.
E caso envergasse nessa fragil procura de rumo
Nessa metodologia que eu năo assumo..
morreria de certo, esgotado de alma.
Duplamente condenado,
Serei eternamente infeliz.
segunda-feira, novembro 04, 2002
Olá folha. Sinto-me tentado a idiotizar esta primeira tentativa de contacto. Serei capaz?
Acabei de me transformar num sapo.. sinto-me bem e tenho noçăo que sou escorregadio o que se revela benéfico caso alguem me tente agarrar.
Voltei ao normal, năo conseguia teclar. Nem tăo pouco fumar um cigarrinho. Aliás, o maço de tabaco parecia uma, um.. assustei-me! Era grande!
Acabei de me transformar num sapo.. sinto-me bem e tenho noçăo que sou escorregadio o que se revela benéfico caso alguem me tente agarrar.
Voltei ao normal, năo conseguia teclar. Nem tăo pouco fumar um cigarrinho. Aliás, o maço de tabaco parecia uma, um.. assustei-me! Era grande!
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