Que mira paredes brancas, caiadas com vida;
A senhora de preto que aguarda o autocarro.
Vai à bica ou ao azeite
Vai por aí, cheia de calma. A viuvez só lhe trouxe o que Deus fez, diz.
Vive até não poder viver mais
E só chora pela saudade, ou pela vontade de ter ido antes;
Não pela morte e nunca pela vida.
As vinhas que podem até nem dar vinho
Dão sombra aos que brincam descalços,
E descalços por aí vão.
Monte acima monte abaixo
No verde que também dita a mente e
Os rios gelados que abraçam as gentes.
E todos os lugares distantes
onde se soube crescer
que talvez ainda existam.
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