domingo, setembro 21, 2003

Vive

Máquinas automatizadas, escravas conscięncias manipuladas neste mundo conflituoso.
Contagem decrescente para o dia desvinculativo, sem ter muito para contar quando, ŕ beira do leito final, relembramos os anos que demoraram até finalmente perceber que năo estamos cá para năo morrer, mas sim para arranjar uma razăo para o fazer, tranquilamente.. sorrindo.
Seres que procuram desesperadamente o conforto da certeza, da posse e sucesso, uma linha recta rumo ao fim que fingimos controlar e que teimamos em aceitar de bandeja, tal qual bom menino na noite de Natal.
Como um jogo 3D, vamos colecionando escudos e manhas, "truques da vida".. chamam-lhe.
Como um barco no oceano, teimamos em usar os remos quando a maré é suficiente, e năo cansa.
Nascemos uma coisa e morremos outra, estará certo? Como um pedaço de plasticina nas măos de um artista esquizofrenico, moldados ora assim, ora assado.
Somos alternativos, inventamos e criamos, somos inteligentes e calculistas, virtuosos e criativos, somos algo de extraordinario, algo que de tanto ser quase nada é.
Mas um dia chega ao fim esta experiencia a que chamamos vida, eu chamo-lhe um processo demorado de morte.. quase como acordar e passar o resto do dia a fazer a cama, fazendo horas para deitar.
Está na hora de esquecer a cama, sair e andar correr e cantar, está na hora de fazer alguma coisa sem pensar, e quando anoitecer.. e o cansaço chegar darás contigo na tua cama, e aí.. năo custa nada adormecer.

sábado, março 22, 2003

always hurting myself to make sure i'm alive.