domingo, dezembro 20, 2009

Hoje

Sabes,
houve um dia em que não soube.
Soube pouco.
Sabia há pouco!

Que noção é essa de amor
se esse não passa de uma edificação montada
pelas demais pressões ...

[vinculadas da necessidade de existir]

Uma só questão pendente.

Que dia é hoje?

sexta-feira, outubro 30, 2009

parece um feitiço
e nem é por amor.
é por obsessão.
é por habituação.

diria até que é por orgulho.

quinta-feira, junho 18, 2009

Devaneio.

Há dias que não são dias
até são anos.
Há horas que são minutos
e segundos estações inteiras.
Sentimos o frio e o calor tudo de uma só vez
sem notar o contraste e
o propósito que os fez.
Há tempos e tempo
que não sabemos explicar
e é por tal que até me atrevo
a afirmar sem hesitar...
que foi o tempo que nos fez tristes
que foi o tempo que nos fez pensar.

São temporadas de repouso
e momentos de agonia.
O tempo é só um tempo,
mas há tempos em demasia.

terça-feira, abril 07, 2009

Ou talvez não.
A falta de hábito eliminou, por fim, a vontade. O à vontade.

sexta-feira, janeiro 30, 2009

De volta

Após um longo interregno eis que reapareço das cinzas.
E em bom tempo o fiz meus caros, pois só com este intervalo me apercebi que não consigo subsistir sem escrever. Eu preciso de escrever, ainda que com o decorrer dos anos vá perdendo a magia que me fez apaixonar pelas letras - a inocência.
E perguntam-me vocês, poucas almas que ainda visitam este recanto: "Que tens andado a fazer?"
Muito de algo e nada de pouco.
Conheci uma jovem donzela que conseguiu retirar esta pobre alma da inércia rotineira e geral descontentamento mundano. Uma jovem donzela cuja simplicidade me cativou e cuja alegria desferiu o golpe final na minha queda para o abismo chamado viver. Uma jovem donzela que espelhava o que eu já fui e que guardo, numa pequena caixa, para mais tarde voltar a ser. Uma jovem donzela que afinal revelou ser...
A real miragem. O verdadeiro pedaço de ficção - desilusão.
Assim que as camadas de pele caem, tal cobra estação após estação, revelam-se a falta de tolerância e banalidade de todos nós.
E seremos sempre o que fomos até então, pouco mudamos e pouco nos adaptamos se não for pela mono-sobrevivência. Do eu singular e não do Eu enquanto humanidade.
E mesmo quando o fazemos numa rara excepção à regra, temos a profunda certeza que algo de bom recairá sobre o eu, onde o instinto predomina, instinto esse que adjunto às faculdades de um ser tão capaz, é fatal. É canibal.

Devaneios à parte, estou de volta. A jovem donzela já passou, e eu? Cá estou. Firme e hirto e
menos insano.
Prometo escrever. Muita poesia...
Em breve. Muito em breve...