sábado, setembro 23, 2017

Peso morto

Se nos resumirmos a estar, ou a deixar estar simplesmente, corremos o risco de vermos o nosso mundo passar-nos ao lado.
Sem quaisquer respostas para o que no nosso interior se procede à génese. Para o que sonhamos, porra! Até para um tímido peido num autocarro apinhado. Quero dizer com isto que não sou nem quero ser um mero espectador deste fast-foward. Tenho de me manter actualizado com todas as maroscas (ou pelo menos algumas) que me tiram qualidade de vida.
Meninos de cascais que nunca jogaram matrecos decidem o meu orçamento de estado. Gente incompetente, sem cursos, penteados pela mãezinha até aos 30, levantam o queixo na minha assembleia da república para ladrar palavras de ordem que só ecoam para além da parvoíce porque as pessoas deixam! Será que não somos uns parvos por não entendermos que esta gente percebe tanto do nosso futuro como o Futre percebe de cowboyada a três? É tudo marketing!
Está tudo maluco. Temos pivôs histéricos na televisão pública que só faltava tatuarem o número de conta das seychelles na testa, enquanto falam da dívida pública;
Temos de tudo! Temos todo um mundo de coisas estranhas a acontecer mesmo por baixo das nossas barbas e precisamos de as questionar!
Há quem não queira que as coisas mudem e eu também não quis sair do útero da minha mãe, porque estava quentinho. Mas tive de sair, e com 4.5kg de força tenho agora o direito a dizer umas coisinhas!
Que se fodam as boas maneiras, e que se fodam aqueles que querem manipular a verdade.
Está na hora de crescermos gente séria e pensadora. Gente que se preocupa com o seu futuro e a sua semente. Gente que não mente. Está na hora de mudar alguma coisa, nem que seja uma coisinha.
Para que os nossos tenham um futuro um bocadinho mais honesto que este.
E tudo isto começa com o sentido crítico. Dizer que não. Não é só em casa junto dos nossos, é também no trabalho junto dos outros. Aqueles que geralmente estão calados. Se calhar também partilham, mas se assim não for podem opinar e com a discussão fomentar mudança. Seja de esquerda ou de direita o que brilha advém do lustro.
O lustro é a acção.
O bem estar advém do compromisso entre promessa e conclusão.
E o que ofusca tem cor sombria, a virar para o castanho. Tem cor de fundo de sanita, gambas com picante.
O que ofusca são as manhas e a falta de verdade, não é mais nem é menos, nem mesmo a cor da merda.
O que ofusca é o refúgio das pessoas no prazer imediato.
O que ilude e nos atrasa são as distracções que nos impingem. Não notícias que nos prendem e discussões que nos fixam uns contra os outros.
O que ofusca é um marketing muito bem delineado, bem programado.
Para que todos e qualquer um... tenha o papel principal... na sua auto-destruição.
Eu aqui apresento a minha: uma nota que diz: "há outro papel por baixo da mesa do stor" que diz: "lê com atenção o que diz o manual de soldadura na página trinta e cinco" e essa página começa com uma referência às propriedades do aço que dizem: "Existem muitos sistemas de medição utilizados para definir as propriedades do aço. Por exemplo, limite de escoamento, ductilidade e rigidez são determinadas por meio de teste de tração". Ora, o limite de escoamento da paciência foi atingido faz algum tempo (temos estes números em unix timestamp se alguém precisar). Diz o manual que "A relação entre a deformação e a tensão é uma medida da elasticidade do material" e diz muito bem!
Temos cada vez mais um país deformado cheio de gente que engole em seco. Lá está, elasticidade do material.
"O elemento ferro é encontrado na natureza fazendo parte da composição de uma grande diversidade de minerais, entre eles muitos óxidos, como por exemplo, o óxido ferroso" mas também pode ser encontrado na assembleia da república, que dirige, sendo esta a maior mesa redonda de crime organizado contra a população portuguesa.
Ok, divagação.
Estamos mal mas se calhar é porque não nos estamos a esforçar o suficiente!?
Eles todos não precisam de se esforçar muito para terem um equilíbrio. Onde está o nosso? - o meu está nas pessoas do meu coração.
Sem elas, sou um peso morto.